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intensidade - Juliana De Luccas

Me devora!  Com tua intensidade, me apavora...  Escava caminhos tortuosos por meu peito Escapa...   Toma todo o meu corpo... Faz dele, seu.  Te aceito. não me permito.  Como criança, vou aprendendo. Respiro...  Velas acesas  Uma fruta   Uma vasilha de barro  E ponto a ponto, eu me refaço  
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Deságuam os segredos - Juliana De Luccas

Elas moram no alto, onde ventos sussurram segredos. Cúmplices do céu, guardam confissões que o mundo contou. Sopros de amor. Despedidas. O nascer de sonhos. Veem passos incertos em ruas vazias, lágrimas furtivas na solidão, promessas soltas nas ventanias e beijos trocados na contramão. E quando deságuam em tempestade ou chuva serena, declamam o que sabem aos rios, árvores e ao sagrado chão.

Do outro lado - Juliana De Luccas

Remendo de fita no vidro trincado  Transparente, me permite ver do outro lado. Carcereiras, dores novas e antigas, fortalecem a prisão.  Sonhos guardados em caixas, pedem libertação,  Quer se esconder, mas a jaula de vidro, ela vai encolher, até finalmente, fenecer.

sintonia - Juliana De Luccas

Sintonia do ser,  Melodia, tempo e voz  Um coração que bate, Ao ritmo do barra-vento,  A voz que canta  Nas melodias suaves do blues  E o público escuta, de diferentes formas a música, eu.

Cicatriz - Juliana De Luccas - Junho 2025

Ferimento de guerra, lateja na noite fria. Começa devagar, mas irradia. Irradia! Lembranças quebradas abrem cicatrizes; novas nascem e criam raízes. Raízes que crescem, criam vida. Vida! Esperança! Ela não cura, é curativa...

Parasita - Juliana De Luccas - Junho 2025

Você está aqui o tempo todo, Hora, apenas como uma música serena de fundo, Daquelas melancólicas, mas que ainda me permite apreciar o mundo. Porém, há momentos em que toma a frente de tudo, Me sufoca com o aperto de todos os seus braços, Grita de tal forma que consegue me ensurdecer, Manipula meus olhos para que eu veja apenas aquilo que faz sentido pra você, Deixa na minha boca o gosto amargo do desespero. Eu espero e espero, mas há muito o cheiro da primeira terra molhada passou.

vértice - Juliana De Luccas - Junho 2025

Será o reflexo, capaz de mentir? Talvez não, quem sabe omitir?  A captura momentânea de um sorriso, nada diz pra mim, somente ao outro.  O furacão devastador nas profundezas, não se mostra na superfície,  Portanto, será ele, uma tentativa vã de convencimento, que acredito por um momento?