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Mostrando postagens com o rótulo escritora

sintonia - Juliana De Luccas

Sintonia do ser,  Melodia, tempo e voz  Um coração que bate, Ao ritmo do barra-vento,  A voz que canta  Nas melodias suaves do blues  E o público escuta, de diferentes formas a música, eu.

Cicatriz - Juliana De Luccas - Junho 2025

Ferimento de guerra, lateja na noite fria. Começa devagar, mas irradia. Irradia! Lembranças quebradas abrem cicatrizes; novas nascem e criam raízes. Raízes que crescem, criam vida. Vida! Esperança! Ela não cura, é curativa...

Parasita - Juliana De Luccas - Junho 2025

Você está aqui o tempo todo, Hora, apenas como uma música serena de fundo, Daquelas melancólicas, mas que ainda me permite apreciar o mundo. Porém, há momentos em que toma a frente de tudo, Me sufoca com o aperto de todos os seus braços, Grita de tal forma que consegue me ensurdecer, Manipula meus olhos para que eu veja apenas aquilo que faz sentido pra você, Deixa na minha boca o gosto amargo do desespero. Eu espero e espero, mas há muito o cheiro da primeira terra molhada passou.

vértice - Juliana De Luccas - Junho 2025

Será o reflexo, capaz de mentir? Talvez não, quem sabe omitir?  A captura momentânea de um sorriso, nada diz pra mim, somente ao outro.  O furacão devastador nas profundezas, não se mostra na superfície,  Portanto, será ele, uma tentativa vã de convencimento, que acredito por um momento? 

FACES - Juliana De Luccas - Maio 2025

Daqui, ainda sinto o doce sabor de todo o nosso existir.   Nada mais tem o mesmo gosto,  A mesma vista, O mesmo sentir....  Ela, essa força atordoante e multifacetada, está em tudo! Uma face amarga, a outra doce,  A que chora, a que sorri, E que grita desesperadamente pelo equilíbrio,  Mas não consegue se fazer ouvir...

Preciosidade - Juliana de Luccas - Maio 2024

Ausência - Juliana de Luccas - 2020

      Abandonada quando criança, Diana se lembra muito bem de uma única coisa: Beatriz, a irmã mais nova. Depois de anos, ela finalmente a encontra e parte para São Paulo para este reencontro tão esperado.                        Diana coçou os olhos. Estava a horas em frente aquele computador. Ouviu sua esposa Clara se mexer na cama e olhou para ela carinhosamente. Depois, se lembrou que estava com frio e com fome. Encarou a xícara de café abandonada pela metade e o sanduíche ainda intacto, deixados por Clara naquele dia mais cedo.         Levou as coisas até a cozinha, as pantufas que usava fazendo um barulho macio no chão de madeira. Olhou para as caixas de Fastfood vazias no balcão e a enorme bacia, ainda com um resto de pipoca abandonados na bancada da cozinha.         Ao passar pela sala voltando para o quarto, notou as almofadas no chão e as mantas no sofá, com pip...

Amém - Juliana De Luccas - setembro 2018

                Ela criou sua criança com todo o amor do mundo... Mas agora, enquanto caminha, curvada pelo tempo, teme o que vai encontrar.