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Ausência - Juliana de Luccas - 2020

 


    Abandonada quando criança, Diana se lembra muito bem de uma única coisa: Beatriz, a irmã mais nova. Depois de anos, ela finalmente a encontra e parte para São Paulo para este reencontro tão esperado.


Abandonada quando criança, Diana se lembra muito bem de uma única coisa: Beatriz, a irmã mais nova. Depois de anos, ela finalmente a encontra e parte para São Paulo para este reencontro tão esperado.                             Diana coçou os olhos. Estava a horas em frente aquele computador. Ouviu sua esposa Clara se mexer na cama e olhou para ela carinhosamente. Depois, se lembrou que estava com frio e com fome. Encarou a xícara de café abandonada pela metade e o sanduíche ainda intacto, deixados por Clara naquele dia mais cedo.          Levou as coisas até a cozinha, as pantufas que usava fazendo um barulho macio no chão de madeira. Olhou para as caixas de Fastfood vazias no balcão e a enorme bacia, ainda com um resto de pipoca abandonados na bancada da cozinha.          Ao passar pela sala voltando para o quarto, notou as almofadas no chão e as mantas no sofá, com pipocas abandonadas ali e aqui. Clara e seus três filhos haviam feito a tradicional noite do cinema. Lembrou-se de perguntar se eles se divertiram, e depois de voltar para o quarto e tomar banho, juntou-se a esposa na cama para dormir. A última coisa que viu foram os números vermelhos do relógio digital marcando 4:33 da manhã, mas estava feliz, pois seu objetivo havia sido alcançado, ela finalmente, finalmente tinha encontrado sua irmã.          Diana acordou, se espreguiçando lentamente. Olhou com os olhos semicerrados para o relógio digital, que marcava uma da tarde. Se levantou descansada e desperta, e depois de cuidar da higiene pessoal, foi encontrar a sua família. Não via a hora de contar a clara que tinha encontrado a sua irmã, a esposa ficaria feliz por ela. Acompanhou, desde o início a busca que ela fazia, e sabia o quanto aquilo era importante.          A casa, no entanto, estava vazia. Um postite colorido colado na geladeira dizia que eles haviam ido para o parque, e que finalmente, Miguel, seu filho mais novo, tentaria andar na bicicleta sem as rodinhas. Diana sorriu. Pegou o telefone e ligou para a esposa. Enquanto esperava, batucava os dedos na bancada, agora limpa. Clara atendeu no quarto toque          - Oi flor do dia.          - Oi, linda. Ele tá conseguindo?          Diana ouviu o sorriso de Clara.          - Sim! Caiu umas duas vezes, mas já tá bem e andando muito melhor.          - Que bom, - disse Diana, tirando uma caixa de suco da geladeira e mudando o celular de lado no ouvido para alcançar um pacote de torrada. - Você filmou?          - Aham! Já tá na nuvem.          - Legal! Vou olhar depois. O que cês tão fazendo agora?          - Almoçando no Léo, e você? Fiquei com dó de te acordar, nem te vi ir dormir.          - Vou comer uma torrada e tomar suco, acabei de acordar. Mas amor, eu consegui! Eu encontrei a beatriz. Ela mora em são paulo e é dona de uma loja de roupas em um shopping.          Ela ouviu Clara ofegar do outro lado e sorriu.     -          - Diana! Isso é incrível!          - Sim, tem um telefone, mas não tive coragem de ligar. Acho que vou até lá.          Clara fez silencio por quase um minuto, tempo suficiente para Diana pegar o copo e o jogo americano no armário e sentar na bancada.          - Tá aí? - Perguntou a Clara.          - Sim. - Respondeu Clara, - Saí de perto das crianças. Linda, você tem certeza que essa é uma boa ideia, quer dizer... Não é melhor conversar com ela antes?          Diana pensou por alguns segundos.          - Eu não vou ter coragem de ligar.          Clara ficou quieta mais uma vez.          - E como você vai?          - Vou desbloquear aquele cartão que o banco me deu e parcelar a passagem e a hospedagem.          - Você tem certeza?  - Clara perguntou, a voz anciosa.          - Sim, eu tenho. - Diana respondeu firmemente, ouvindo o suspiro da esposa do outro lado da linha.            E assim ela fez, comprou as passagens, marcou o hotel e uma semana depois estava na rodoviária de São Paulo. Tinha sido abandonada a muitos anos em um lugar como aquele, e a última coisa que se lembrava era da mãe se afastando, se misturando as outras pessoas e dos grandes olhos verdes da irmã, olhando para trás enquanto elas iam embora. Não sabia se aquilo era uma memória real, mas era a mais vívida que tinha.          Depois de se trocar no hotel, foi até o shopping onde a irmã trabalhava. Caminhou devagar pelos corredores, observando as pessoas se divertindo e vivendo suas vidas.          Viu a placa com o nome da loja e respirou fundo, tentando se acalmar. Ela não sabia como, mas de repente, estava em frente a porta. No balcão, uma moça loira de olhos verdes conversava com uma pessoa, e imediatamente ela soube duas coisas: Um, aquela era sim Beatriz, sua irmã, e Dois, que seja qual fosse o motivo, os dois estavam discutindo.          Ela entrou na loja de vagar, sentindo suas pernas oscilarem e parou, esperando a conversa acabar.          - Ok, você que sabe. Quanto mais tempo insistir, maior a sua dívida vai  ficar.          Estou te ofertando contra todas as normas do shopping a isenção da multa da quebra de contrato! Mas essa oferta é agora.          - Te paguei muito bem pra isso! - A voz de sua irmã foi baixa.          O homem se inclinou na direção dela e sussurrou algo que Diana não ouviu. Então virou as costas e foi embora, passando por ela com paços largos, sem notar sua presença.          Beatriz ficou imóvel por alguns segundos então olhou para ela.          - Posso ajudar?          Diana ficou parada, esperando ser reconhecida. Quando nada aconteceu, ela pensou que estava exigindo muito da irmã, afinal, eram muito jovens.          - É formatura, casamento ou festa de debutante?          Diana olhou envolta.          - Não quero nada...  - Foi tudo que conseguiu falar, pois seus olhos voltaram para a irmã, que era uma mulher belíssima, com olhos verdes, cílios grandes e maçãs do rosto delicadas. Naquele rosto, ela conseguia enxergar perfeitamente a menina que olhava para trás em suas lembranças.          - Se é pra a vaga de vendedora, pode desistir! Não vou mais contratar ninguém.          Ela começou a mexer no computador, digitando freneticamente. Perdendo o enteresse em Diana, já que ela não iria comprar nada.          - Meu nome é Diana, Diana Limberger... Mas a muito tempo atrás, me chamava Maria Eduarda Sales.          Os dedos no teclado pararam, mas a expressão no rosto bonito era indecifrável.          Beatriz respirou fundo.          - Você parece muito com ela... O cabelo preto, o olho azul...          - Com... Com a nossa mãe?          Beatriz olhou para ela, e a ausência de expressão assustou Diana.          - É, ela mesma. O que você quer?          - Eu... O que eu quero? Eu...          Diana parou para respirar, esperava lágrimas, emoção e abraços, em algumas vezes, imaginou gritos, mas nunca, jamais aquela ausência total de expressão.          - Se você quer saber, ela morreu, três anos atrás. Overdose de heroina.          Diana ofegou, seus olhos ficando úmidos com o choque.          - Ah, para! Ela não merece suas lágrimas. Me criou aos trancos e barrancos pra perseguir o seu sonho fracassado de ser cantora, e no fim das contas, nunca conseguiu! Abandonou você no processo e acabou com a minha vida!          Havia tanta raiva em suas palavras que Diana deu um paço para tráz.          - Eu sinto muito...          - Não sinta. Eu me viro, sempre me virei.          - Percebi, sua loja é incrível!          - Eu sei! - Respondeu com sarcasmo - Ela não é mais minha, vou fechar. Eu fracassei aqui... Mas não sou fraca como nossa mãe, vou dar a volta por cima.          - E eu posso te ajudar em alguma coisa?          - Você tem um Milhão de reais para me dar? Isso me ajudaria.          - Não! - Respondeu em tom Chocado.          - Pois é. - Beatriz respirou fundo. - Olha, não sei o que você tava procurando, amor, carinho, um abraço emocionado ou  sei lá o que, mas quer saber? Não vai rolar! Não tenho nada pra você.          Um sinal de emoção passou por seu rosto.          - Você vai ficar melhor como tá, longe de mim.          Diana ficou parada por longos segundos. Então respirou fundo.          - Fico triste por você pensar assim... Mas ok. - Com as mãos tremendo, pegou sua agenda e rabiscou o seu número.          - Me liga se mudar de ideia... Eu... Eu vou gostar muito de te conhecer.          Enquanto voltava para o hotel, Diana sentia um misto de emoções que a deixavam tonta. Pena, raiva, tristeza e decepção. No ônibus, abriu seu tablet e viu os vídeos do filho aprendendo a andar de bicicleta sozinho e as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto. Devia ter estado ali... Viu as fotos da noite de filmes e todos os outros programas familiares que havia perdido enquanto realizava sua busca obsessiva pela irmã.          Fechou a página e Fez uma chamada de vídeo para a esposa. Clara atendeu e as duas se olharam por alguns segundos.          - Ai, sinto muito amor.          Diana balançou a cabeça.          - Você tentou me avisar, eu que não te ouvi.          - Vem pra casa e me conta tudo. A gente vai passar por isso, tá?          Diana fez que sim com a cabeça.          - Eu amo você e as crianças, mais que tudo no mundo! Vocês são a minha família... Prometo que vou ser uma mãe e esposa melhor.          - Vou lembrar disso hem! - Clara disse, sorrindo.    Fim.

              

        Diana coçou os olhos. Estava a horas em frente aquele computador. Ouviu sua esposa Clara se mexer na cama e olhou para ela carinhosamente. Depois, se lembrou que estava com frio e com fome. Encarou a xícara de café abandonada pela metade e o sanduíche ainda intacto, deixados por Clara naquele dia mais cedo.

        Levou as coisas até a cozinha, as pantufas que usava fazendo um barulho macio no chão de madeira. Olhou para as caixas de Fastfood vazias no balcão e a enorme bacia, ainda com um resto de pipoca abandonados na bancada da cozinha.

        Ao passar pela sala voltando para o quarto, notou as almofadas no chão e as mantas no sofá, com pipocas abandonadas ali e aqui. Clara e seus três filhos haviam feito a tradicional noite do cinema. Lembrou-se de perguntar se eles se divertiram, e depois de voltar para o quarto e tomar banho, juntou-se a esposa na cama para dormir. A última coisa que viu foram os números vermelhos do relógio digital marcando 4:33 da manhã, mas estava feliz, pois seu objetivo havia sido alcançado, ela finalmente, finalmente tinha encontrado sua irmã.

        Diana acordou, se espreguiçando lentamente. Olhou com os olhos semicerrados para o relógio digital, que marcava uma da tarde. Se levantou descansada e desperta, e depois de cuidar da higiene pessoal, foi encontrar a sua família. Não via a hora de contar a clara que tinha encontrado a sua irmã, a esposa ficaria feliz por ela. Acompanhou, desde o início a busca que ela fazia, e sabia o quanto aquilo era importante.

        A casa, no entanto, estava vazia. Um postite colorido colado na geladeira dizia que eles haviam ido para o parque, e que finalmente, Miguel, seu filho mais novo, tentaria andar na bicicleta sem as rodinhas. Diana sorriu. Pegou o telefone e ligou para a esposa. Enquanto esperava, batucava os dedos na bancada, agora limpa. Clara atendeu no quarto toque

        - Oi flor do dia.

        - Oi, linda. Ele tá conseguindo?

        Diana ouviu o sorriso de Clara.

        - Sim! Caiu umas duas vezes, mas já tá bem e andando muito melhor.

        - Que bom, - disse Diana, tirando uma caixa de suco da geladeira e mudando o celular de lado no ouvido para alcançar um pacote de torrada. - Você filmou?

        - Aham! Já tá na nuvem.

        - Legal! Vou olhar depois. O que cês tão fazendo agora?

        - Almoçando no Léo, e você? Fiquei com dó de te acordar, nem te vi ir dormir.

        - Vou comer uma torrada e tomar suco, acabei de acordar. Mas amor, eu consegui! Eu encontrei a beatriz. Ela mora em são paulo e é dona de uma loja de roupas em um shopping.

        Ela ouviu Clara ofegar do outro lado e sorriu.     -

        - Diana! Isso é incrível!

        - Sim, tem um telefone, mas não tive coragem de ligar. Acho que vou até lá.

        Clara fez silencio por quase um minuto, tempo suficiente para Diana pegar o copo e o jogo americano no armário e sentar na bancada.

        - Tá aí? - Perguntou a Clara.

        - Sim. - Respondeu Clara, - Saí de perto das crianças. Linda, você tem certeza que essa é uma boa ideia, quer dizer... Não é melhor conversar com ela antes?

        Diana pensou por alguns segundos.

        - Eu não vou ter coragem de ligar.

        Clara ficou quieta mais uma vez.

        - E como você vai?

        - Vou desbloquear aquele cartão que o banco me deu e parcelar a passagem e a hospedagem.

        - Você tem certeza?  - Clara perguntou, a voz anciosa.

        - Sim, eu tenho. - Diana respondeu firmemente, ouvindo o suspiro da esposa do outro lado da linha.


        E assim ela fez, comprou as passagens, marcou o hotel e uma semana depois estava na rodoviária de São Paulo. Tinha sido abandonada a muitos anos em um lugar como aquele, e a última coisa que se lembrava era da mãe se afastando, se misturando as outras pessoas e dos grandes olhos verdes da irmã, olhando para trás enquanto elas iam embora. Não sabia se aquilo era uma memória real, mas era a mais vívida que tinha.

        Depois de se trocar no hotel, foi até o shopping onde a irmã trabalhava. Caminhou devagar pelos corredores, observando as pessoas se divertindo e vivendo suas vidas.

        Viu a placa com o nome da loja e respirou fundo, tentando se acalmar. Ela não sabia como, mas de repente, estava em frente a porta. No balcão, uma moça loira de olhos verdes conversava com uma pessoa, e imediatamente ela soube duas coisas: Um, aquela era sim Beatriz, sua irmã, e Dois, que seja qual fosse o motivo, os dois estavam discutindo.

        Ela entrou na loja de vagar, sentindo suas pernas oscilarem e parou, esperando a conversa acabar.

        - Ok, você que sabe. Quanto mais tempo insistir, maior a sua dívida vai  ficar.

        Estou te ofertando contra todas as normas do shopping a isenção da multa da quebra de contrato! Mas essa oferta é agora.

        - Te paguei muito bem pra isso! - A voz de sua irmã foi baixa.

        O homem se inclinou na direção dela e sussurrou algo que Diana não ouviu. Então virou as costas e foi embora, passando por ela com paços largos, sem notar sua presença.

        Beatriz ficou imóvel por alguns segundos então olhou para ela.

        - Posso ajudar?

        Diana ficou parada, esperando ser reconhecida. Quando nada aconteceu, ela pensou que estava exigindo muito da irmã, afinal, eram muito jovens.

        - É formatura, casamento ou festa de debutante?

        Diana olhou envolta.

        - Não quero nada...  - Foi tudo que conseguiu falar, pois seus olhos voltaram para a irmã, que era uma mulher belíssima, com olhos verdes, cílios grandes e maçãs do rosto delicadas. Naquele rosto, ela conseguia enxergar perfeitamente a menina que olhava para trás em suas lembranças.

        - Se é pra a vaga de vendedora, pode desistir! Não vou mais contratar ninguém.

        Ela começou a mexer no computador, digitando freneticamente. Perdendo o enteresse em Diana, já que ela não iria comprar nada.

        - Meu nome é Diana, Diana Limberger... Mas a muito tempo atrás, me chamava Maria Eduarda Sales.

        Os dedos no teclado pararam, mas a expressão no rosto bonito era indecifrável.

        Beatriz respirou fundo.

        - Você parece muito com ela... O cabelo preto, o olho azul...

        - Com... Com a nossa mãe?

        Beatriz olhou para ela, e a ausência de expressão assustou Diana.

        - É, ela mesma. O que você quer?

        - Eu... O que eu quero? Eu...

        Diana parou para respirar, esperava lágrimas, emoção e abraços, em algumas vezes, imaginou gritos, mas nunca, jamais aquela ausência total de expressão.

        - Se você quer saber, ela morreu, três anos atrás. Overdose de heroina.

        Diana ofegou, seus olhos ficando úmidos com o choque.

        - Ah, para! Ela não merece suas lágrimas. Me criou aos trancos e barrancos pra perseguir o seu sonho fracassado de ser cantora, e no fim das contas, nunca conseguiu! Abandonou você no processo e acabou com a minha vida!

        Havia tanta raiva em suas palavras que Diana deu um paço para tráz.

        - Eu sinto muito...

        - Não sinta. Eu me viro, sempre me virei.

        - Percebi, sua loja é incrível!

        - Eu sei! - Respondeu com sarcasmo - Ela não é mais minha, vou fechar. Eu fracassei aqui... Mas não sou fraca como nossa mãe, vou dar a volta por cima.

        - E eu posso te ajudar em alguma coisa?

        - Você tem um Milhão de reais para me dar? Isso me ajudaria.

        - Não! - Respondeu em tom Chocado.

        - Pois é. - Beatriz respirou fundo. - Olha, não sei o que você tava procurando, amor, carinho, um abraço emocionado ou  sei lá o que, mas quer saber? Não vai rolar! Não tenho nada pra você.

        Um sinal de emoção passou por seu rosto.

        - Você vai ficar melhor como tá, longe de mim.

        Diana ficou parada por longos segundos. Então respirou fundo.

        - Fico triste por você pensar assim... Mas ok. - Com as mãos tremendo, pegou sua agenda e rabiscou o seu número.

        - Me liga se mudar de ideia... Eu... Eu vou gostar muito de te conhecer.

        Enquanto voltava para o hotel, Diana sentia um misto de emoções que a deixavam tonta. Pena, raiva, tristeza e decepção. No ônibus, abriu seu tablet e viu os vídeos do filho aprendendo a andar de bicicleta sozinho e as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto. Devia ter estado ali... Viu as fotos da noite de filmes e todos os outros programas familiares que havia perdido enquanto realizava sua busca obsessiva pela irmã.

        Fechou a página e Fez uma chamada de vídeo para a esposa. Clara atendeu e as duas se olharam por alguns segundos.

        - Ai, sinto muito amor.

        Diana balançou a cabeça.

        - Você tentou me avisar, eu que não te ouvi.

        - Vem pra casa e me conta tudo. A gente vai passar por isso, tá?

        Diana fez que sim com a cabeça.

        - Eu amo você e as crianças, mais que tudo no mundo! Vocês são a minha família... Prometo que vou ser uma mãe e esposa melhor.

        - Vou lembrar disso hem! - Clara disse, sorrindo.


Fim.


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